Presidente Lula se reúne com a CUFA e outros movimentos sociais no Palácio do Planalto

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presidente Lula se reúne com a CUFA e outros movimentos sociais no Palácio do Planalto

dezembro 14, 2010 por favelacomunicacao

Outras 500 lideranças de entidades dos mais diversos seguimentos participarão do encontro.

Por Fernanda Quevêdo
Foto: Arquivo Cia  de Teatro Tumulto
Presidente Lula na sede da CUFA RJ em 2006
Pela primeira vez na história desse país um representante do Estado marca um encontro para se despedir diversas lideranças sociais. O fato é que hoje, às 15 horas no Palácio do Planalto, o Presidente em exercício Luis Inácio Lula da Silva se reúne com a CUFA (Central Única das Favelas) e outros movimentos sociais no “Encontro com os Movimentos Sociais” organizado pela Secretária Geral da Presidência da República, responsável por coordenar as relações do governo com a sociedade civil.
Para o Secretário Geral da CUFA, Celso Athayde (RJ), o encontro simboliza o reconhecimento do Estado, por meio das políticas sociais destinada a cidadãos de invisibilidade que estão em espaço em desvantagem social só seriam consolidadas se estas participassem do processo de construção das políticas.
Participam do encontro os coordenadores da CUFA em outros estados como Preto Zezé (CE), Linha Dura (MT), Max Maciel (DF), Dinorá Rodrigues (RS), Maria Conceição (BA), Fabio Negão (PE) e Nélio Nogueira (TO). Participam também mais outras 500 lideranças de entidades que dialogam com o Estado nas mais diversas perspectivas como entidades sindicais, do campo, das mulheres, dos negros, de juventude, de economia solidária e de reforma urbana.
Para a Secretaria Geral da Presidência da República o encontro simboliza o diálogo responsável e qualificado com entidades que assim como a CUFA, que estão mudando a vida de milhões de brasileiros efetivando a democracia participativa, prevista na Constituição Federal de 1988.
+ Acesse o site da CUFA e conheça as ações da entidade em todo o Brasil

CUFA VSF no Conselho de Cultura de Petrolina-PE

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


    A CUFA VSF esta sendo representada no conselho de cultura de Petrolina,  através do seu coordenador de comunicação Antonio Carlos Coêlho de Souza Júnior (JUNIOR SOUZA), que foi eleito como suplente na categoria entidades culturais, assim marcando presença em mais esse espaço da vida política em nosso Vale do São Francisco.



A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Cultura, Turismo e Eventos (Sedectur) realizou no último domingo, dia 05, uma reunião explanativa e eleição de 13 representantes da classe artística para compor o Conselho Municipal de Cultura, em Petrolina. O intuito da criação do Conselho é ativar um instrumento democrático e participativo da comunidade, para a elaboração de normas, deliberações e também fiscalizar questões do segmento cultural.

Os nomes eleitos de cada segmento seguem abaixo:

MÚSICA 
Titulares: Altemir Santos Jovelino e Maércio Jośe dos Santos; 
Suplentes: Petronio Ranieri Nunes de Souza e Marlusi Adriana da Silva Brito
ARTES CÊNICAS/TEATRO 
Titular: Antonio Veronaldo Martins; 
Suplente: Godoberto dos Reis Santos Filho
ARTES CÊNICAS/DANÇA 
Titular: Marcos Aurélio Soares; 
Suplente: Maria de Araújo ramalho
ARTESANATO 
Titular: Leila Valeria da Silva; 
Suplente: Maria Aldenoura de Carvalho
LITERATURA 
Titular: Uberdan Alves de Oliveira; 
Suplente: Jaquelyne de Almeida Costa
ARTES VISUAIS 
Titular: Ranilson Viana Barbosa; 
Suplente: Jean Lima Orashi
PATRIMÔNIO 
Titular: Priscila de Oliveira Lima; 
Suplente: Cynthia Clause Ferreira Aragão
AUDIO VISUAL 
Titular: Francisco Egídio de Moura; 
Suplente: a definir
TRABALHADORES DA CULTURA 
Titular: Giucélio Neris da Costa; 
Suplente: a definir
CICLOS CULTURAIS 
Titular: José Noel Bezerra dos Santos; 
Suplente: Tarsila Manuela de Souza Barros
ENTIDADES CULTURAIS 
Titular: Aluisio Ferreira Gomes; 
Suplente: Antônio Carlos Coelho de Souza Junior - CUFA VSF/COLETIVO COLETÂNEA
COMUNICAÇÃO E MÍDIA 
Titular: a definir;
Suplente: a definir

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Petrolina
Foto: divulgação

Celso Athayde solta o verbo!

10:16

A 


Após a tomada de território marcada pelo conflito entre traficantes e polícia, a situação nos morros no Rio de Janeiro, até então dominados pelo crime, é de mudança constante. O cotidiano no Complexo do Alemão e nos 13 morros que contam com a vigilância das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) parece ter voltado à normalidade, segundo a própria população.

Apesar da aparente tranquilidade nas comunidades, Celso Athayde, coautor dos livros Falcão - Mulheres e o Tráfico e Falcão - Meninos do Tráfico, aponta o tráfico como um problema além do Rio. "O problema é nacional e se alimenta na corrupção, que é o mal de todos os males".

O RedeTVi conversou com o escritor, produtor musical e fundador da CUFA (Central Única das Favelas) - a organização que atua em mais de 300 cidades e 15 países - sobre a convivência da população com as armas, a atuação da polícia nas comunidades e legalização das drogas.
Em seu Twitter, você citou a necessidade de uma ouvidoria da polícia para a população. Como você analisa a relação da polícia com a população, principalmente a que ocupa os morros do Rio?


Celso Athayde - Não dá pra ser irresponsável e sair por aí criticando a polícia como se eles fossem o mal da sociedade, não são. O problema é que eles ganham, ao contrário de todas as funções, para combater e prender as práticas criminosas. Então quando o crime parte deles é sempre mais alarmante. Eu tinha dito que eles [policiais] estavam perto de serem recebidos como heróis pela cidade, mas logo em seguida entra o mundo real, a relação promíscua e covarde de parte deles contra uma população já infeliz com suas tragédias. A relação não é boa, qualquer pesquisa mostra isso, mas a população ainda prefere a polícia a qualquer outra relação com supostos seguranças.

Na sua opinião, o convívio diário com armas traz quais conseqüências para o povo?
Celso Athayde - 80% dos moradores tem menos de 50 anos e já nasceram nessas condições, não tem novidade, as pessoas aprendem a tolerar suas tragédias, apesar de não se acostumar nunca com elas. Na minha opinião, a consequência é a mesma de Copacabana: sensação de segurança. O problema é que a polícia em geral não consegue tratar as pessoas da mesma forma, pois quem mora nesses dois ambientes são vistos e tratados de maneira diferente.

Você acha que a descriminalização das drogas pode ser um fator que enfraqueceria o tráfico?
Celso Athayde - Não podemos continuar encarcerando jovens de 13 anos como traficantes por estarem vendendo drogas para homens do asfalto. Consciente do seu papel, se a favela formulasse as leis iria inverter essa lógica, e ainda, imporia uma agravante como aliciador de menor. Penso que enfraqueceria sim, mas fortaleceria outros crimes, pois o problema não é a venda de drogas, mas uma série de jovens que também querem ser feliz e pagam qualquer preço para ter acesso aos bens que o capitalismo impõe. Claro que eu desejo que eles todos tenham oportunidades e disposição para trabalhar, mas claro, não vai ser assim para todos.

Qual é sua opinião sobre a legalização da maconha?
Celso Athayde - De onde eu venho, maconheiro é sinônimo de otário. Grandes traficantes, inclusive, não usam e não permite que seus familiares usem. Não vejo na maconha um problema, mas a questão é que os mesmos argumentos servem para as outras drogas. Eu não consigo ver uma população usando crack e merla, por exemplo. Isso seria como uma arma de destruição em massa.

Como é observar que este panorama pode começar a mudar a partir de agora?
Celso Athayde - Fico feliz por ver essa expectaviva, publicamente eu dou força. Mas pessoalmente não sou tão otimista. Essas ações são pontuais e simbólicas, mas o crime está em todas as favelas do Rio. E não é essa discussão que tenho visto. Logo, não vejo conexão entre a solução para os problemas do tráfico e a paz no Rio. Vejo sim, boa vontade do estado em dar respostas possíveis para tranquilizar a população. O problema é nacional e se alimenta na corrupção, que é o mal de todos os males. Se for possível combater a corrupção, então todos os males serão resolvidos.

CUFA PE no Globo NE Comunidade.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Quarta-feira a Coordenação da CUFA – PE  participou da gravação do programa “Globo NE Comunidade” que vai ao ar também nesse domingo, 5/12 às 7h com o jornalista Marcio Bonfim. 

A entrevista foi pautada numa retrospectiva sobre as comemorações do Mês da Consciência Negra em Recife/Olinda e contou com a presença da vocalista Maria Helena e do Presidente do Conselho de Cultura e Advogado Edvaldo Ramos.

Foi muito legal, pois tivemos a oportunidade de expor bastante coisa sobre a nossa CUFA, muitas perguntas foram realizada, além do mais foi um bate papo bem bacana sobre a nossa cultura, empreendimentos e visibilidade das organizações.

Entrevista disponivel apartir da semana que vem no site. Click Aqui

CUFA -  BRASIL - Recife – PE
FÁBIO GOMES - Coordenador Geral
Rua Mamede Coelho 231 - Recife - CEP: 52.140-180
Contatos: 55-81-3451-8373 / 8777-7033
E-mail: fabionegao.cufape@hotmail.com
Twitter: fabionegao10  
Skype: fabiogomes2010 
www.cufapernambuco.blogspot.com

PORRADÃO DE 20 ESPECIAL - VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PORRADÃO DE 20 ESPECIAL - VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO.

Salve geral . Diante dos graves acontecimentos que estamos vivendo no rio de janeiro, resolvemos fazer um porradão de 20 especial , com algumas respostas sobre drogas , violência , e segurança em geral dadas por algumas personalidades que passaram aqui no porradão ao longo do ano. Claro que essas respostas foram dadas em outros momentos e contextos, mas de toda forma expressão parte das mais variadas opiniões que estão por aí. Eles passaram, você não.

Leia e comente , é hora do debate
 

* LUIZ EDUARDO SOARES
-  Qual a sua opinião sobre a política atual de segurança do Brasil e do Rio de Janeiro ?

Até há pouco tempo, no Rio não havia nenhuma. Repetia-se a velha, desgastada e desastrada prática das incursões bélicas nas favelas, que os políticos gostam de denominar "política de confronto", como se fosse uma novidade. Nada mais velho, nocivo e equivocado. E ineficaz. Só gera morte e sofrimento. Até mesmo para policiais. Os desastres foram tantos e os resultados continuavam tão desanimadores que, ante o desgaste político, o governador Cabral resolveu adotar as UPPs, que são nada mais nada menos do que a retomada de programas que implantamos em 1999 e 2000, com os mutirões pela paz e o GPAE, este implementado pelo ten-cel Carballo Blanco. Apesar do sucesso, esses programas haviam sido suspensos. Aplaudo sua retomada. Os nomes podem ser diferentes. Que o governador fique com os créditos políticos. Ótimo. Tudo bem. O importante é fazer isso a sério e a chegada ao governo de uma pessoa extraordinária, que é o novo secretário de assistência social e direitos humanos, Ricardo Henriques, me enche de esperança. Agora, as UPPS não são uma política de segurança. São uma pequena parte. A parte chave, crucial, continua intocada: a mudança das polícias. Sem isso, as UPPs continuarão a ser apenas algumas ilhas no oceano da corrupção, da brutalidade policial, e também do desrespeito aos próprios policiais.
Quanto ao Brasil, digo o seguinte: Admiro Tarso Genro e acho que o Pronasci, com todas as suas limitações, foi um avanço. No entanto, nem mesmo o Tarso conseguiu fazer o governo federal mover uma palha sequer rumo à reforma (que deveria ser radical e urgente) das polícias brasileiras. Claro que as transformações mais profundas terão de passar pelo Congresso, mas o governo tem influência, tem uma base política, tem poder de mobilizar opiniões, apoios e dinâmicas positivas. Foi uma imensa decepção. Desde que eu saí, nosso plano foi arquivado (salvo em suas dimensões sociais preventivas e educacionais, visando aprimorar a formação policial, duas áreas nas quais houve avanços, graças a Tarso e a Ballestreri). A parte mais substantiva e impactante do plano foi para a gaveta, quando eu saí. E a mídia se calou a respeito. A sociedade não se mobilizou. Já o processo das conferências acabou sendo tremendamente frustrante, justamente porque não interessava ao governo federal que saísse alguma proposta que apontasse no sentido da mudança do modelo de polícia e da reforma policial. Simplesmente porque o governo federal não queria se comprometer. Muito mais fácil é lavar as mãos, deixar o desgaste com governadores e prefeitos, e nas crises aparecer como o bom pai que presta uma ajuda solidária. Quando dois parceiros trabalham juntos, o que há é parceria, trabalho compartilhado. Quem fala em ajuda é porque está fora, longe e estende a mão, eventualmente. Lamento muito também que o governo federal tenha sido pusilânime e conivente com o genocídio de nossos jovens negros e pobres, moradores de bairros pobres, comunidades e favelas. A violência policial no Rio é campeã mundial. Entre 2003 e 2009, inclusive, 7854 pessoas foram mortas por ações policiais no estado do Rio. Adivinhem quantos casos envolveram execuções? Adivinhem onde ocorreram? Adivinhem a classe social de todas as vítimas e a cor de pele da maioria?

* DILMA ROUSSEFF
- Em 2006, na Cidade de Deus, o presidente Lula, acompanhado por ti, assinou um compromisso com a CUFA. Nesse documento dizia que combateria o crack. Esse combate teve inicio no governo Lula?

Sim. O Ministério da Saúde executa um programa específico, lançado pelo presidente Lula, que terá continuidade e ampliação em meu governo, se eleita for. Além de combatermos fortemente o tráfico nas fronteiras.



* WILLIAM DA ROCINHA
-   Que lição trouxe do presídio? É possível uma recuperação do presidiário com o sistema carcerário brasileiro? 

Em primeiro lugar, quero dizer que preguei muito o evangelho naquele lugar. Abrimos uma igreja para pregar a palavra de Deus, e Deus operou grandemente naquele lugar. Marina Maggessi e Fernando Salsicha são pessoas abençoadas por Deus porque eles nos proporcionaram aquele momento, doando-os equipamentos para que pregássemos o evangelho a toda criatura.

Foram quase 200 dias naquele local, onde dormia com setenta, oitenta, e às vezes até com cem presos em um cubículo. Passei os três primeiros dias sem dormir, a cadeia pára meia noite e somente volta ao meio dia, o sono dos presos são primordiais. Também aprendi a me virar dentro da cadeia, talvez você saiba como é ou já ouviu aquele ditado "filho chora e mãe não ver". O vaso sanitário é chamado de "Boy", quando você quer ter uma intimidade, eles chamam de parlatório, tudo lá dentro tem um vocabulário próprio.
Todos os dias às 18h havia reverências aos líderes de facções. É um mundo totalmente diferente deste aqui fora, a cadeia tem sua cultura e regras próprias e você tem de respeitá-las.
Eu posso dizer que com todas as tristezas que passei nos nove meses em que fiquei preso: aprendi muitas coisas e conheci muitas pessoas, até hoje tenho muitos amigos de bem que conheci no cárcere, pessoas que foram injustiças como eu, mas também conheci pessoas que só via pela televisão, que para a sociedade são de alta periculosidade, mas que, muitas vezes, são tidos nas suas comunidades como heróis.
E possível recuperar os presos sim. Desde que sai do cárcere, tenho participado ativamente dos debates que envolvem segurança pública. Fui eleito e participei da 1ª Conferencia Nacional de Segurança Pública, CONSEG. Nela, lutei para aprovar este princípio e diretriz:
- Reconhecer a necessidade de reestruturação do sistema penitenciário, tornando-o mais humanizado e respeitador das identidades, com capacidade efetiva de re-socialização dos apenados, garantindo legitimidade e autonomia na sua gestão, privilegiando formas alternativas à privação da liberdade e incrementando as estruturas de fiscalização e monitoramento; e
- Manter no Sistema Prisional um quadro de servidores penitenciários efetivos, sendo específica a eles a sua gestão, observando a proporcionalidade de servidores penitenciários em policiais penais. Para isso: aprovar e implementar a Proposta de Emenda Constitucional 308/2004; garantir atendimentos médico, psicológico e social ao servidor; implementar escolas de capacitação.
Foi uma vitória dos que defendem este tema. Recentemente, vi uma entrevista do presidente do Supremo Tribunal Federal, no 12º Congresso da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, que aconteceu em Salvador. Peluso afirmou que há, no Brasil, casos em que o tratamento dispensado aos detentos "é um crime do Estado contra o cidadão". Peluso ainda lembrou declarações do ministro da Corte Suprema da Argentina, Eugenio Zafaroni, sobre graves problemas com os presos na América Latina: "Os Estados nacionais não têm condições, sobretudo na América Latina, de responder às demandas de dignidade humana da condição dos presos". "Nós temos, portanto, que começar a pensar em soluções alternativas à prisão", opinou.
Ainda segundo o ministro, a prisão não tem servido para reinserir ninguém na sociedade e, particularmente, em alguns casos, nós sabemos muito bem, funcionam, nas prisões, até uma escola de crimes. Quem entra no sistema prisional brasileiro, no sistema penitenciário, tende a sair muito pior do que entrou.
Isso tudo acompanhei de perto, vi pessoas serem presas por pensão e voltar um mês depois por assalto a mão armada. Na verdade, eu também sou uma prova viva disso tudo, se eu tivesse deixado me influenciar não estaria lhe dando esta entrevista hoje.
Só para concluir, como o Estado quer ressocializar ex-detentos, se, quando o preso sai da cadeia, nem o dinheiro para seu transporte imediato ganha? É como se dissesse ao preso "vai, rouba novamente", que estou lhe esperando. Já vi preso que saiu da cadeia e, para não fazer besteira, teve de andar quase dois dias para chegar aonde morava.

* LUCIANO HUCK
-   A imprensa paulista se sentiu ofendida quando você escreveu um artigo na Folha de São Paulo, questionando a segurança pública no episódio em que seu Rolex (relógio) foi roubado num sinal de trânsito. A questão é: O que foi mais agressivo saberem que você usa um Rolex ou você "trair" um suposto código de que paulista não pode falar mal de São Paulo? 

Nunca falei mal de São Paulo, no artigo da época eu discutia a segurança pública como um todo e isso não é um problema exclusivo dessa cidade. E sobre o Rolex, cada um usa o que quer. Che Guevara usava um, por exemplo. E ele não é o maior expoente da burguesia moderna, ou é?

* PADILHA
-  Você trabalhou muito a questão da Corporação Militar, incluindo as UPPs. Qual a sua crítica em relação à ocupação das favelas?

Acho que as UPPS são a metade mais fácil de um plano de segurança pública.

O mais importante, e difícil também, e reformar as polícias.





* MIRIAM LEITÃO
-   Como seria possível fazer as favelas brasileiras entenderem de economia e participarem beneficamente desses processos? 

As pessoas entendem mais de economia do que elas mesmas imaginam. Quando se toma uma decisão de compra, poupança, escolha de produtos, a pessoa está participando do processo. Quanto mais as favelas forem protegidas pelo setor público da presença do crime, do tráfico, mais seus moradores terão bens, serviços e empregos oferecidos pelas empresas. Quanto mais os moradores das favelas participarem da economia, e tiverem oportunidades, mais forte será a economia. A inclusão é modernizadora.

* MARCELO FREIXO
- As UPPs estão na moda. O que pensa dessa novidade que virou tema de campanha eleitoral do governador Cabral? 

De certo modo, UPPs são como UPAs: supostas soluções emergenciais para problemas históricos. Claro que não sou contra o fim da estatística de mortes nas áreas com UPPs. Mas é preciso questionar alguns aspectos desse projeto. Antes de tudo, não se trata de uma política pública de segurança pública, mas de um modelo de policiamento que atende a um projeto de cidade. A UPP não existe para garantir o direito à segurança da população das favelas onde é instalada. Existe para produzir obediência nessas áreas de favela e periferia. Não por acaso, as UPPs estão localizadas na Zona Sul, na Zona Portuária, no entorno do Maracanã. Na Zona Oeste, só tem uma UPP e que fica na única comunidade que ainda não era dominada por milícias. Não por acaso, nessas áreas são policiais que assumem o papel de gestor das comunidades tanto para resolver conflitos como até para organizar baile de debutantes. Esse projeto não respeita a autonomia, a soberania dessas comunidades. Não foi construído com a participação da comunidade. A comunidade sequer foi ouvida.

- Quais as vantagens que os moradores de favelas dominadas por milicianos têm em relação ao trafico?

Não há vantagens reais. Milícia é tirania. É a supressão das liberdades individuais. É estado de exceção. Tanto o tráfico quanto a milícia usam a violência para ter poder. A diferença é que as milícias são formadas por pessoas do Estado com projeto político. São mais organizadas.

* GALDININHO
- Por morar na favela muitos jovens acabam virando marginais, o que lhe seduziu a entrar para o crime?

Eu morava sozinho, trabalhava num armarinho e ganhava 50 reais por semana e pagava 120 reais de aluguel, até o dia em que a dona resolveu fechar e me colocar para trabalhar em outro negócio, fazendo quentinha. No armarinho era tranqüilo, mas no novo emprego era muita ralação! Muita coisa e pouco dinheiro. Durante esse tempo tinha um maluco, conhecido meu, que ficava botando maior pilha para eu entrar pro trafico, foi quando eu larguei o trabalho. Esse cara chegou a pagar um mês de aluguel para mim, eu ficava com ele na madruga... Ele deixava mochila, radinho, pistola, tudo comigo. Eu era menozão, com uma pistola na mão e sentia que as pessoas me respeitavam por isso. Eu achava que estava tirando maior onda!

- Onde você mora tem UPP? Você acha que a UPP pode ser a solução para as comunidades ou pode ser mais um problema para os moradores?
 
Onde eu moro não tem UPP, e é super tranqüilo... Agora se a UPP é uma solução ou um problema, depende da polícia que vai ocupar a comunidade. Tem que existir respeito entre os moradores e a polícia.

* TONY REIS
- Nos últimos 20 anos, 3.296 membros da comunidade LGBT foram mortos no país, o equivalente a 164 casos por ano. Quais os principais tipos de crimes ocorridos e o que fazer para não se colocar nessas situações de risco?

Geralmente esses casos têm requintes de crueldade e violência característicos da homofobia. No caso dos gays não assumidos, muitos dos assassinatos ocorre na própria casa da vítima, que se expõe ao perigo com pessoas estranhas e muitas vezes mal intencionadas, e talvez com homofobia internalizada, que acabam matando. No caso das travestis, que por não ter acesso à educação e ao mercado de trabalho, para algumas o único meio de sobrevivência que resta é a prostituição, que pode envolver problemas sociais como o tráfico de drogas e a criminalidade que fazem com que as pessoas corram riscos. Hoje dentro da Secretaria Nacional de Segurança Pública há um grupo de trabalho que está vendo propostas para a diminuição dos casos de assassinatos homofóbicos.



* CAETANO VELOSO
- Em 98, quando Bill e eu começamos a gravar o documentário “Falcão - meninos do Trafico”, previmos que em 2013 haveria uma epidemia de Crack e em 2017 a pior de todas, a epidemia de Merla. Fazendo uma reflexão sobre tudo isso você é a favor da discriminalização das drogas ?

Pessoalmente eu odeio drogas. Não gosto de alteração de estado de consciência. O álcool tem a manha de ir tirando sua timidez, depois seu medo, e quando você fica meio louco já não tem grilo. A maconha já te enlouquece de vez (o "tapa"), sem amortecedores. Fico em pânico. Cocaína é ruim de tudo. Cheirei uma só vez, uma "bundinha", nos anos 70. Fiquei sem medo mas minha boca ficou dormente e minha voz saía como se estivesse usando um megafone. Mas o que parece legal no álcool (e que deve ser a razão por que ele é aceito na maioria das sociedades) perde a graça quando você tem de aguentar alguém bêbado demais e, sobretudo, com os estragos que faz a longo prazo. Mas eu era favorável à legalização e controle de todas as drogas: os impostos seriam pagos, a economia paralela deixaria de existir, a interminável "guerra" aos narcóticos desapareceria - e a publicidade seria proibida (como a do cigarro é hoje). Um dia, em Salvador, vi uma mulher totalmente destruída andando na frente do táxi em que eu ia. Ela estava magérrima, toda manchada, arrancando uns cabelos da cabeça. Era uma visão poderosa. O motorista me disse, com naturalidade: "é crack". Depois vi meninos assim. Decidi deixar meus pensamentos de legalização para mais tarde. Crack destrói muito depressa, vicia muito depressa, é uma droga-lixo, barata, não é algo que se possa pensar em legalizar. As pessoas se atraem pela mudança de estado de consciência: talvez se possa dizer que sempre haverá drogados. Mas algo emergencial deve ser feito a respeito de crack e merla. Depois retomamos o argumento da legalização. Ou: esse argumento deve ser revisto à luz dessas novas modalidades de entorpecentes.

* MANOEL SOARES
- Como começou o seu trabalho de mediador de conflitos?

Desde o tempo que eu tinha medo de apanhar, mesmo hoje sendo um negro de 1,90 e 120 kg, eu era o magrelinho desgraçado que todo mundo gostava de dar porrada. Mas nunca fui bom de briga e tinha que conter meus irmãos e primos quando brigavam. Tive que encontrar um meio de acalmar a situação.
Quando se nasce em meio à violência você tem duas opções: ser estimulador de brigas ou contensor de brigas.

- O que é preciso para acabar com o consumo das drogas? É a favor da legalização?

Acho que não é possível acabar com o consumo da drogas, porque ela atende a necessidade natural do ser humano, que é a necessidade de transcendência. A pessoa quando dorme, sai do seu corpo. Quando faz sexo no êxtase, sai do seu corpo. Quando pula de bungee jump, sai do seu corpo. Atende essa necessidade de transcendência e a droga quimicamente atende essa transcendência. Hoje, não consigo ser a favor da legalização, pois somos pais muito jovens. Há 120 anos eu seria vendido ou comprado por 500, 600 reais... E hoje querem legalizar as drogas? Acho que deveriam legalizar primeiro a educação, justiça, oportunidades iguais para o mercado de trabalho, seria importante legalizar a reinserção do ex-presidiário na sociedade e tudo isso tinha que ser legalizado antes, discutir a legalização das drogas hoje, é romantizar um tema pra ter ibope, quer discutir coisa séria? Quer produzir mudanças de impacto? Então produza alguma coisa séria. Para discutir legalização das drogas temos que legalizar coisas mais sérias primeiro, eu não fico indo atrás desses bate-bocas romancistas, prefiro falar mais sério.

* TARSO GENRO
- O Senhor escreveu um artigo intitulado "Segurança pública: a esperança que vem do Rio" (http://leituraglobal.com/2010/05/20/seguranca-publica-a-esperanca-que-vem-do-rio/). Como o Sr. avalia a atuação das UPPs no RJ e você acredita que a polícia do Rio de Janeiro está preparada para servir de modelo para o país?

As coisas estão melhorando no Rio. Os índices são os melhores em vinte anos. Pela primeira vez, há uma política séria, conseqüente e que já apresenta resultados concretos. Se você me perguntar se está tudo uma maravilha, é evidente que vou dizer que não. Mas passos importantíssimos foram dados. Há um sopro de esperança que vem das comunidades pacificadas pelas UPP's. Mas é claro que precisamos avançar. Aliás, recomendo a leitura do artigo que você mencionou no nosso blog.

* MARINA MAGESSI
- Como você avalia a política de segurança no estado do Rio?

Não existe uma "política de Segurança" . A Polícia "dança conforme a música", ou seja, privilegia a investigação nas comunidades que dão mais problemas a população.

- Houve uma época em que você trabalhava na Delegacia de Jacarepaguá, e no seu plantão a Cidade de Deus ficava vazia, os " traficantes " tinham medo de você porque diziam que você tinha prendido o maior bandido da favela (Walkir) pulando de uma corda de 20 metro de altura e entrando pela janela fechada, e ainda rolando alguns metros, isso é real ou lenda ?

A prisão de Walkir é real, os métodos são lenda. O real é que eu tinha 3 meses de Polícia e era a grande novidade: uma moça bronzeada, quase loura, baixinha e "gostosinha" de metralhadora em punho e tremenda "marra de cão" - Kate Marrone. Estava na DP de manhã quando chegou uma moça com a "cara quebrada", era amante do Walkir e ele lhe dera aquela surra. Sabe como é mulher “mordida"? Simplesmente me chamou e disse onde ele estava. Fomos eu e mais dois policiais. Prendemos o cara, com um bebê no colo dando mamadeira. Isso na cadeia é um esculacho... Por isso, eles (os presos) precisavam supervalorizar a "cana". Tipo: Só Dona Kate para me prender: faz de tudo.


fonte:http://www.celsoathayde.com.br/2010/in.php?id=porradao/porradao_violencia_especial

CUFAVSF participa do projeto esporte e cidadania da Rede Globo e SESI

sábado, 20 de novembro de 2010


CUFAVSF participa do projeto esporte e cidadania da Rede Globo e SESI

Neste Sábado 20 de Novembro a CUFA VSF marcou presença no projeto esporte e cidadania , realizado pela TV Globo e SESI, na unidade do SESI Petrolina, levando para o público muita cultura, esporte e lazer.
A turma do hip hop animou a festa por mais de uma hora no espaço cultural.
Não faltou também a prática esportiva, já que se tratava de um evento que tinha o esporte como ação principal. O futsal, basquete de rua e a capoeira foram atividades que fizeram parte do evento, a criançada foi animada pelo palhaço e seu boneco.
O dia da consciência Negra não poderia ser esquecido por isso a turma da CUFAVSF recebeu no seu stand um representante do movimento afro que proferiu palestra para os jovens presentes.
A parceria da CUFAVSF com o SESI e TV Globo reafirma em nós a capacidade que temos para realizar grandes ações sociais, o que nos torna cada vez mais reconhecidos como uma organização consolidada em território Sertanejo.

Redatores: Luana , Tonny

Fotos:Wanderley e Divanagles

Agenda CUFA VSF Novembro/2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010



AGENDA NOVEMBRO 2010

Dia 04 -10hs – Projeto Amigos da Escola – PISNC.  NM1 – tema: Cultura HIP HOP – participação – jovens da cultura Hip Hop;

Dia 07 – 10hs -CASA NOVA/BA – Mesa Redonda – Tema: As ações e projetos da CUFA com foco na Juventude;

Dia 10 – 19hs - Apresentação das ações e projetos da CUFA e do projeto Capoeira No Parque –Capoeira Brasil/CUFAVSF - Na Escola do Bairro Pedra Linda – com pais e alunos; 

Dias 13 E 14 – Agenda Nacional - VIRADÃO ESPORTIVOCUFA-VSF- dar visibilidade a agenda nacional, articular a imprensa e atividades esportivas de grupos de esporte amador (futebol, futsal, capoeira), articulação com o SESI para atividades esportivas;

Dia 20 – Dia da consciência negra – Ação junto ao SESC / UNIVASF / segmentos ligados a cultura negra, participação da CUFA VSF

Dia 20 – 9hs às 17hs - ESPORTE E CIDADANIAREDE GLOBO/SESICUFAVSF- participação com as atividades: futsal, futebol, basquete de rua, dança de rua – coordenar atividades durante o evento;

Dia 21 – 9hs – CASE (FUNDAC) – RODA DE CONVERSA COM JOVENS INTERNOS – hip hop e inclusão social;

Dia 25 – 14h30min – Ação Capoeira Brasil e CUFAVSF - PROJETO VIDA NOVA/CAPOEIRA e Inclusão Social de Crianças e Adolescentes.

Responsável pela informação
Coordenação geral – Jucy Carvalho – jucy.vsf.cufape@hotmail.com
Coordenação de comunicação – Junior Souza – jnrvsfcufape@hotmail.com

CAPOEIRA NO PARQUE

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


O Projeto Capoeira no Parque é uma ação social realizada pela Capoeira Brasil em parceria com a CUFA Vale do São Francisco. A mesmo é voltado para crianças e adolescente que estão em situação de risco social, tendo um acompanhamento mais sistemático pela coordenação de capoeira. Teve inicio no dia 07 de Maio de 2010 no Parque Municipal Josefa Coelho e hoje já atende mais de 100 pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais. As aulas são realizadas nos bairros: Areia Branca, na Escola Otacílio Nunes, ás Terças e Quartas das 19h30min às 21: h (Prof. Merson e Instrutor Quati). Alto Cheiroso aos Sábados e Domingos na Escola Eduardo Coelho, (Professor Gato e Monitor Belo), Vila Marcela aos Sábados Centro Educacional Maria Montessori ás 16h Instrutor Tony. E no Parque Municipal as Quintas – feiras ás 19h30min.

Mais Informações ligue:87-8848-1572 ou acessem o blog  www.capoeiranoparquejc.blogspot.com


Texto e fotos: JAMERSON OLIVEIRA - Coordenador da Capoeira





Ação Escola Aberta!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010



No último sábado dia 23/10, a CUFAVSF e projeto Escola Aberta da Escola Jesuino Antonio D'Ávila do bairro João de Deus, elaboraram um sabado onde o importante era participar.
As atividades iniciaram a tarde com o curso de Comunicação em Rede Sociais, no laboratório da escola e a noite aconteceu na quadra poliesportiva do bairro mais um momento de festa, onde a juventude do Hip Hop e do Pop, deram um show para a comunidade que acolheu a todos com muito animação e respeito. Atividades com essa torna cada vez mais reconhecida a cultura das ruas e as ações da CUFA, pois na ocasião foi apresentado a todos em um telão, o vídeo institucional da CUFA.
Desta forma a CUFA VSF conquista seu espaço, mostrando que juntos e misturados temos força e coragem para quebrar paradigmas e mostra que a periferia esta disposta a crescer e mostrar seu potencial.
Segue o Bonde!

TEXTOS E FOTOS:CUFA VSF


MAIS FOTOS CLIQUE:AQUI






Acusados de matar jovem a pancadas podem ganhar liberdade.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Petrolina - Depois da proprietária de um posto de combustíveis de Petrolina, Maria Claudenice da Silva, receber o direito de responder em liberdade ao processo de homicídio do jovem José Alex Soares, de 19 anos, a defesa dos demais quatro homens acusados pelo crime solicitou da justiça que o direito seja estendido também a eles. A decisão depende do parecer a ser expedido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Em caso de decisão favorável, os três ex-funcionários do Posto Umburuçu, localizado na BR-408, que se encontram foragidos, deverão se apresentar à justiça. Nilton Cesar Ribeiro, Eliomar do Nascimento Lopes e Adriano Roberto da Silva devem prestar depoimento em audiência oficial.

Apenas após as ouvidas, o juiz da 1ª Comarca Criminal de Petrolina, Edilson Moura, sentencia se o grupo deverá ou não ir à júri popular pelo assassinato de José Alex e também por agressões a Diego Pereira Cruz, de 19 anos, que estava com a vítima durante a abordagem. “A idéia é que todo o procedimento se dê de forma acelerada, para que possamos ter uma conclusão definitiva até o final deste mês”, garantiu o magistrado.

O bombeiro da Polícia Militar da Bahia, Gracenildo Rodrigues dos Santos, único envolvido que se encontra preso já teve um pedido de liberdade negado, em abril deste ano. Na ocasião, a sentença que indeferiu a requisição refere-se ao acusado como alguém "extremamente violento, que vale-se da condição de policial militar para impor pela intimidação o silêncio das vítimas, o que reforça a condição imperiosa de sua prisão cautelar por ser necessária a regular e célere tramitação de ambos os feitos a que responde de forma a preservar a integridade física e psíquica das vítimas e testemunhas".

Tortura

Nesta sexta-feira (22), os três policiais civis acusados de também agredir o estudante Diego Pereira Cruz, vão voltar ao banco dos réus. Os agentes Eduardo Madureira Santos e Julio Marcos Macena, e a escrivã Indhira Ribeiro Dantas respondem por torturas que incluem asfixia e afogamento em um vaso sanitário dentro da delegacia de Petrolina e podem receber a sentença civil durante esta que é a última audiência prevista para o caso.


Fonte: Diário de Pernambuco

FÓRUM DE DIREITOS HUMANOS EM PETROLINA -PE

04:29


No dia 21 de outubro, ocorreu o Fórum de Direitos Humanos no SENAI em  Petrolina, que foi para seus participantes um sucesso, a CUFAVSF foi o destaque durante todo fórum.
 A coordenação da CUFAVSF fez parte da mesa política de abertura do Fórum e nos intervalos, trouxe a cultura de rua como representação do seu trabalho na cidade, através do jovens.
Destacamos a presença também do nosso coordenado geral Fabio (Negão) Gomes, que participou da mesa de debate e ministrou uma oficina como o tema: Juventude Rural e Urbana.

CUFA VSF e o projeto Criança no Parque.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Criança no Parque.



   No ultimo domingo dia 17 de outubro de 2010, ocorreu a 6ª edição do Criança no Parque, evento realizado pela TV Grande Rio, afiliada Globo em Petrolina-PE com o apoio da prefeitura municipal de Petrolina. Neste ano o diferencial foi à participação da CUFA VSF, que trouxe para o palco da festa a cultura de rua “HIP HOP”, e outros elementos da cultura popular que a juventude da CUFA esta trabalhando dentro de suas comunidades.

Mais fotos click AQUI











CUFA VSF participa de Encontro Artístico e Ambiental

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Ação solidária na Ilha do Fogo marca o Encontro Artístico e Ambiental

O 1º Encontro Artístico e Ambiental do Vale do São Francisco reuniu em uma tarde ensolarada de sábado (16/10/10) na Ilha do Fogo, entre a ponte Petrolina/Juazeiro, cerca de duzentas pessoas que possuíam uma consciência ambiental e ajudaram no mutirão de limpeza da ilha. Estiveram presentes também artistas locais (poetas, músicos, fotógrafos, artistas plásticos) e a imprensa que ajudou a divulgar e registrar a ação solidária. Uma boa quantidade de lixo foi retirada das areias e do rio, e logo depois o público tomou o chá da simpatia e conferiu as apresentações do DJ Panzarini, Rukha e Tio Zé Bá & Apocalypse Reggae. A pequena aparelhagem sonora contribuiu para o clima de proximidade e descontração com os músicos, aonde Roberto Pocídio também participou com um show extra. A ação solidária chegou ao fim pouco depois da noite chegar, ao som do bis do DJ Panzarini.

Texto e fotos: Giuseppe Menezes.

Calendario de ações da CUFA VSF para outubro!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

OUTUBRO PROMETE!!!!

1º Encontro Artístico e Ambiental do Vale do São Francisco - dia 16 de outubro. Local: Ilha do Fogo apartir das 13h. Este encontro terá como meta discutir sobre a preservação das ilhas na região do Vale do São Francisco e apresentações artísticas.
 
Criança no Parque - dia 17 de outubro - Local parque municipal Josefa Coêlho. Realizado pela TVGR e Prefeitura Municipal, Participação CUFA VSF. Estarmos no palco no horário das 12hs às 16hs – apresentando batalhas de Bboys, apresentações individuais e de grupos.

Atividade do Programa Escola Aberta - dia 23 de outubro na Escola Jesuíno - João de Deus. Local: Quadra poli esportiva do Bairro João de Deus.
OFICINAS:
FOTOGRAFIA EM LATA com Roberto Henrique das 14h às 17hs.
CAPACITAÇÃO MÍDIAS SOCIAIS com Cristiano Lima e Jr. Rocha das 14h às 17hs.
Das 18hs às 22hs. Batalha de Hip Hop - coordenador por wiiliames - CUFAVSF e o coordenador do Programa Escola Aberta - Professor Jonas.
Apresentações culturais:
Capoeira - Diógenes e Merson
Frevo - Toni
Reisado - Rérison

Dia 20/11 - SESI - Ação Global. Local: SESI - Petrolina. Estaremos participando junto com a prefeitura de Petrolina desta ação da qual o secretario de Esporte o Sr. Ailton Guimarães trará mais informações em nossa reunião que acontecerá no dia 10 de outubro no parque municipal.

Este calendário e passivo de alterações, qualquer duvida ligar para nossa coordenadora Jucy Nascimento. (87) 8827-5372

Junior Souza
Coordenador de Comunicação
(87)8828-7721

CUFA VSF participa da formação para agentes sociais do PELC

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


 
   Entre os dias 22 e 25 de Setembro de 2010 ocorreu na sede do IF Sertão de Petrolina-Pe a formação dos agentes sociais que estará desenvolvendo junto às comunidades do João de Deus e Cacheados o Projeto de Esporte e Lazer da Cidade o PELC, projeto do ministério dos Esportes que vai ser executado em parceria com a CUFA VSF, CEASDEHC e o Centro Comunitário do Bairro João de Deus.
   A formação contou com cerca de 30 pessoas, dentre vários segmentos do esporte lazer e cultura. Tivemos com formadora a Profª. Esp. Aniele Assis que nos quatro dias trabalhou vários aspectos da formação social para o PELC como:
1º Dia.
Exposição do vídeo institucional do PELC
Apresentação Geral do PELC;
Princípios e Diretrizes do PELC.
2º Dia.
Construção do mapa sócio-cultural das comunidades/bairros;
Por que Esporte e Lazer Da Cidade e não Na Cidade;
Espaço públicos de esporte e lazer;
Cultura, Culturas e outros interesses Culturais;
Lazer, tempo livre e outras possibilidades;
3º Dia.
Filme Virada radical;
Os esportes no PELC;
Planos, projetos e relatórios: Organizando o trabalho pedagógico;
Metodologia da Educação Popular;
Organização de eventos;
Planejamento das oficinas;
4º Dia.
Vivência das oficinas;
Avaliação das oficinas;
Planejamento do PELC - Petrolina.
Dentre esta atividades ocorreram varias dinâmicas de grupo e sistematização continua do que havia sido executado em todos os módulos ocorrendo ate inusitadas sistematização em forma de cordel. 
Esta formação trouxe um novo fôlego para as atividades que a CUFA VSF estará desenvolvendo junto à comunidade.

Informações sobre a o PELC em Petrolina acesse PELC - NÚCLEO IF SERTÃO PE CAMPUS PETROLINA

MAIS FOTOS CLIQUE AQUI

Texto: Junior Souza
Foto: IF Sertão

Raiz e Remix na TV Pernambuco.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


A TV Pernambuco marca presença no evento com a cobertura das apresentações musicais que ocorrem no Parque Municipal Josepha Coelho. Artistas como China, Isaar, Samba System, Matingueiros, Andranjos, Rukha, Apocalypse Reggae e Samba de Véio da Ilha do Massangano vão estar no foco do olhar do nosso web repórter, Leo Antunes. Além de exposições fotográficas, mostras de filmes nacionais e internacionais e da feira multicultural com a exposição e venda de artesanatos.

O conteúdo produzido durante o Festival será inserido na nossa grade e também exibido no canal da emissora no YouTube. A TVPE é sintonizada e mais de 86 municípios de Pernambuco, sendo em Petrolina, o canal 13. Confira aqui como sintonizar a TVPE pelo estado.



Fonte: http://www.tvpernambuco.pe.gov.br/noticias_raiz_remix_26082010.ht
Postado por Giuseppe Menezes

Celso Athayde, Cacá Diegues, Cufa e 5x Favela

sábado, 28 de agosto de 2010


Nossa História
Celso Athayde, Cacá Diegues, Cufa e 5x Favela
No início a Cufa era formada por três jovens, depois por quinze, e por fim aproximadamente 150 jovens se reuniam para conversar e trocar idéias, o que por sinal, atualmente ainda acontece na Cidade de Deus.  O Fórum consistia em convidar qualquer ser humano para discutir algum assunto e os jovens da Cufa participavam dos encontros para desenvolver seu potencial e senso crítico. 
Os temas dos debates eram os mais diversos, e mesmo que em geral não fosse este nosso principal interesse, não desmerecendo a importância em debater e realizar discussões, mas pela urgência e a nossa sede em colocar tudo o que ali era discutido em prática, participar nunca foi um problema, ao contrário, acreditávamos e ainda acreditamos que estar com aquelas pessoas era uma forma de integração social. A troca que se dava era em alguma medida  uma forma de nos inserir socialmente. 
Conseguíamos levar para esses encontros uma série de discussões, que ficaria para a nossa história, a exemplo, o encontro que tivemos sobre energia nuclear, em que um  físico palestrante queria nos fazer entender sobre o césio 137, urânio enriquecido e outras loucuras da física. Em outros encontros  também contamos com a participação de craques, dos mais diversos seguimentos, como Marina Maggessi, Rafael Dragaud, Pedro Stédile (MST), Orlando Silva, João  Moreira Salles, só pra citar alguns...
Por fim,  o grande e mágico momento aconteceu, quando resolvemos convidar o cineasta, Cacá Diegues, para  falar sobre cinema novo.  Ao fim desse encontro surge  a primeira ação concreta da Cufa, que na época se quer nome tinha, iniciava-se ali o curso de audiovisual da Cufa em Madureira. Cacá conseguiu fazer aqueles jovens das favelas que não tinham nenhum interesse em cinema, enxergarem um futuro, perceber uma chance, acreditar que era possível existir.  Acreditamos, batizamos o curso de audiovisual de Cabo (Cacá Botafoguense), foi uma homenagem a esse cara, que nos tirou das reuniões, que mais pareciam masturbação coletiva, e nos atirou para a prática do audiovisual, que hoje passou a ser a área de atuação da Cufa mais importante. Mas que isso, começa ali a partir do audiovisual a existência da Cufa como organização, conceito e instituição.
Mas essa história  vocês ficarão sabendo no final do ano, quando o livro da Cufa estiver pronto, esse texto que não precisa ser lido, é para falar da gratidão que temos por esse cidadão, do quanto devemos a ele, o quanto acreditamos nele, o quanto o amamos, e por fim, para testemunhar que estamos vivendo um momento histórico, que começou quando Cacá Diegues e Renata Magalhães resolveram reeditar o projeto 5 X Favela, Agora Por Nós Mesmos.   
Para dar vida ao projeto, Cacá e Renata convidaram para essa guerra, centenas de jovens do Rio, amigos, parentes, empresas, poder público e claro, nós do F4 (Afroreggae, Observatório de Favelas, Nós do Morro e Cufa) pra colaborar. Sabíamos que a única pessoa no Brasil que estaria acima de qualquer discussão, dúvidas, ética, moral, responsabilidade e profissionalismo, a única que seria capaz de levar  o nosso sentimento  ao mundo, sem estereótipos, e sem  imprimir compaixão, era  esse senhor genial, sereno e gentil, que tem a capacidade rara de agregar e construir. O projeto era nosso caminho, nossa verdade e passou a ser nossa vida.

Cacá, nesses cursos da Cufa por ele ministrado, pregava e incentivava  o protagonismo, mas sobre tudo a preparação e a qualificação, para que o protagonismo não fosse apenas um conceito, mas um fato. Hoje ao ver o projeto, nosso projeto, projeto dos favelados e não favelados,  sair efetivamente do papel, pela primeira vez na vida,  vou poder ir ao cinema com minha família para assistir algo que verdadeiramente pertence a todos, tendo esse casal como singelos guias.  E tão nobre quanto guiar  é poder escolher as mentes que nos conduz. Esse é o nosso privilégio. Por isso estou convencido de que o Brasil, o audiovisual, e a expressão FAVELA se dividem em duas fases, uma antes e a outra depois desse filme.  

5 X Favela não pertence a  Renata Magalhães, tão pouco a Cacá Diegues,  mas a  sociedade brasileira. Temos a obrigação de ir ao cinema, não apenas para assistir a um grande filme, ou para prestigiar os novos gênios do cinema brasileiro, mas para nos juntar a maior intervenção social do nosso tempo.

1 milhão de X Favela! Todo mundo junto, todo mundo misturado a partir de sexta-feira, dia 27 de agosto.

Confira os locais de exibição no site http://www.5xfavela.com.br